Ontem à noite, o Inter fez seu primeiro jogo no Beira Rio nesta Libertadores.
Nossos cônsules, vices e representantes estavam presentes em grande número: praticamente a totalidade dos cônsules de bairros de Porto Alegre estiveram no Beira Rio, para apoiar nossos guerreiros rumo ao Tri Campeonato da América!
Abaixo, as fotos dos cônsules Marcant, Lauro Baldi e Fabrício, nas cadeiras do Beira Rio.
Saudações Coloradas!
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Minha História Colorada - João Victor Deboni
Dando seguimento às histórias coloradas... Hoje é a vez do João Victor.
Leia, vale a pena!
"Tudo começou em São Sebastião do Caí, minha terra natal. Nos meus primeiros anos de vida, meu pai, o Sr. Neri, apesar de muito colorado, fazia menos esforço para que eu o fosse, se comparado à vontade que minha mãe, a Sra. Clori, tinha de me fazer gremista. Eu, sinceramente, não dava a mínima bola. Lembro (hoje com tristeza) de trajar, vez que outra, a camisa do nosso rival, até o sétimo ano de vida, o que pra minha sorte viria a mudar definitivamente.
Não foi por nenhum golaço, ou por um título importante, tão pouco por esse ou por aquele jogador que decidi, de maneira consciente, para qual time eu torceria. Ao completar sete anos, no dia 1º de março de 1989, ganhei de meu pai um singelo dicionário ilustrado. Apesar da sutileza do presente, eu achei aquele livro o máximo. Gostei tanto daquele presente como poucas vezes gostei de outro na vida. Vai saber porquê? Hoje, bem que suspeito... Aquele objeto veio a ser o divisor de águas, pois me fez tomar uma decisão que definiria, porque não assim dizer, o rumo da minha vida.
Ainda no mesmo dia que o ganhei, sozinho na cama, ao manipular meu mais novo tesouro, pensei: de que forma posso agradecer ao meu pai? A resposta não demorou a surgir... Claro! Vou virar colorado! Corri do quarto até a sala, quando então abracei forte o meu velho, dizendo: pai, a partir de hoje, eu também sou colorado!! Gosto de lembrar disso... Ele ficou muito feliz, emocionado inclusive.
Pois bem, parecia que eu tinha apertado naquele instante em um botão e ligado meu intenso coloradismo. Dali em diante, passei a acompanhar o Inter pelo rádio, em todos os jogos. Lembro-me de alguns jogadores da época como Paulinho Crisciúma, Maizena, Márcio Santos, Luis Carlos Winck, e por aí vai...
Tempo depois, morando em Bom Princípio, não lembro ao certo se no ano de 90 ou 91, ganhei de meu pai a camisa oficial número 9. Nosso centroavante, à época, já era o Gerson, hoje falecido. Recordo que eu era, senão o único, um dos poucos da cidade que tinha uma camisa oficial do Inter, o que me enchia de orgulho.
Em 1992 meu pai foi transferido para uma agência do Banrisul da Capital. A primeira coisa que ele fez foi se associar ao Parque Gigante. Meu primeiro jogo foi Inter 2 x 0 Cruzeiro, pelo Brasileiro.
A partir daquele mesmo ano eu passei a ir sozinho aos jogos. Ia a todos, pois não pagava passagem nem ingresso. Anotava num caderno todos os placares, e lembro como se fosse hoje da final da Copa do Brasil, contra o Fluminense.
Desde então, o Beira-Rio se tornou minha segunda casa. Vou a todos os jogos, sempre para apoiar o Inter e louvar sua camisa, independentemente da qualidade de quem a ostente em campo. Jamais vaiei meu clube do coração.
Enfim, foi assim que tive o privilégio de me tornar colorado, hoje ainda mais feliz pelo convívio com muitos amigos que compartilham da mesma e grandiosa emoção que é torcer pelo Internacional.
Finalmente, um fato curioso que aconteceu envolvendo o Inter.
Era véspera do dia 17 de dezembro de 2006. Mesmo servindo ao Exército como cabo, eu fazia uns bicos pra levantar “um” a mais, pois já tinha uma filha e a grana era curta. Naquela noite trabalhei como garçom. Era uma festa empresarial, e estávamos servindo chopp. Eu só pensava no jogo, e lá pelas tantas, todo mundo pra lá de Bagdá, passei a entornar um outro copo, às escondidas. Estava muito ansioso, e aquele chopp transformou minha ansiedade em felicidade e bom preságio. Foi o serviço mais alegre que fiz. Eu não pretendia dormir, pois sabia que o jogo era logo cedo, então fui bebendo para aumentar a voltagem.
Horas depois, a Goethe já explodira em comemoração ao tão sonhado título. A bebedeira havia começado na madrugada anterior, não cessou em momento algum durante o jogo, e se estendeu pela tarde e noite a fora, em festejo. Não preciso dizer: segunda-feira eu estava “podre”. Não fui ao quartel.
Pra piorar, ou melhorar, como queiram, terça-feira estava prevista a chegada do Inter, pela manhã. Não titubei. Acordei e fui direto ao Beira Rio. Não fui trabalhar, de novo. Por volta de meio-dia, no Gigante, em meio a milhares de colorados que já aguardavam Fernandão e cia. recebi uma ligação do quartel:
Sgt: - Alô, Deboni?
Eu: - Oh Sargento... e daí? que manda?.
Sgt: - Tu foi pro Japão tchê?
Eu: - Não, não, to aqui no Beira-Rio, esperando o Inter.
Sgt: - Ah bom! To ligando pra te avisar que o Coronel quer o teu coro e tu deve te apresentar hoje pro pernoite...
Eu: - Sim senhor Sgt, saudações coloradas!
Tive que dormir no quartel, naquela noite, como punição pela falta a dois dias seguidos de expediente. Quase um desertor. Mas, ao menos pra mim, tudo estava justificado...
Hoje sou bancário e advogado, pai da colorada Laura e de outra pessoa que está no ventre de minha colorada esposa Camila. Está para nascer mais um(a) apaixonado(a) colorado(a).
Forte abraço!"
Espero mais histórias!
Todas serão muito bem vindas e publicadas!
Saudações Coloradas!
Abaixo, na foto, João Victor e Camila.
Leia, vale a pena!
"Tudo começou em São Sebastião do Caí, minha terra natal. Nos meus primeiros anos de vida, meu pai, o Sr. Neri, apesar de muito colorado, fazia menos esforço para que eu o fosse, se comparado à vontade que minha mãe, a Sra. Clori, tinha de me fazer gremista. Eu, sinceramente, não dava a mínima bola. Lembro (hoje com tristeza) de trajar, vez que outra, a camisa do nosso rival, até o sétimo ano de vida, o que pra minha sorte viria a mudar definitivamente.
Não foi por nenhum golaço, ou por um título importante, tão pouco por esse ou por aquele jogador que decidi, de maneira consciente, para qual time eu torceria. Ao completar sete anos, no dia 1º de março de 1989, ganhei de meu pai um singelo dicionário ilustrado. Apesar da sutileza do presente, eu achei aquele livro o máximo. Gostei tanto daquele presente como poucas vezes gostei de outro na vida. Vai saber porquê? Hoje, bem que suspeito... Aquele objeto veio a ser o divisor de águas, pois me fez tomar uma decisão que definiria, porque não assim dizer, o rumo da minha vida.
Ainda no mesmo dia que o ganhei, sozinho na cama, ao manipular meu mais novo tesouro, pensei: de que forma posso agradecer ao meu pai? A resposta não demorou a surgir... Claro! Vou virar colorado! Corri do quarto até a sala, quando então abracei forte o meu velho, dizendo: pai, a partir de hoje, eu também sou colorado!! Gosto de lembrar disso... Ele ficou muito feliz, emocionado inclusive.
Pois bem, parecia que eu tinha apertado naquele instante em um botão e ligado meu intenso coloradismo. Dali em diante, passei a acompanhar o Inter pelo rádio, em todos os jogos. Lembro-me de alguns jogadores da época como Paulinho Crisciúma, Maizena, Márcio Santos, Luis Carlos Winck, e por aí vai...
Tempo depois, morando em Bom Princípio, não lembro ao certo se no ano de 90 ou 91, ganhei de meu pai a camisa oficial número 9. Nosso centroavante, à época, já era o Gerson, hoje falecido. Recordo que eu era, senão o único, um dos poucos da cidade que tinha uma camisa oficial do Inter, o que me enchia de orgulho.
Em 1992 meu pai foi transferido para uma agência do Banrisul da Capital. A primeira coisa que ele fez foi se associar ao Parque Gigante. Meu primeiro jogo foi Inter 2 x 0 Cruzeiro, pelo Brasileiro.
A partir daquele mesmo ano eu passei a ir sozinho aos jogos. Ia a todos, pois não pagava passagem nem ingresso. Anotava num caderno todos os placares, e lembro como se fosse hoje da final da Copa do Brasil, contra o Fluminense.
Desde então, o Beira-Rio se tornou minha segunda casa. Vou a todos os jogos, sempre para apoiar o Inter e louvar sua camisa, independentemente da qualidade de quem a ostente em campo. Jamais vaiei meu clube do coração.
Enfim, foi assim que tive o privilégio de me tornar colorado, hoje ainda mais feliz pelo convívio com muitos amigos que compartilham da mesma e grandiosa emoção que é torcer pelo Internacional.
Finalmente, um fato curioso que aconteceu envolvendo o Inter.
Era véspera do dia 17 de dezembro de 2006. Mesmo servindo ao Exército como cabo, eu fazia uns bicos pra levantar “um” a mais, pois já tinha uma filha e a grana era curta. Naquela noite trabalhei como garçom. Era uma festa empresarial, e estávamos servindo chopp. Eu só pensava no jogo, e lá pelas tantas, todo mundo pra lá de Bagdá, passei a entornar um outro copo, às escondidas. Estava muito ansioso, e aquele chopp transformou minha ansiedade em felicidade e bom preságio. Foi o serviço mais alegre que fiz. Eu não pretendia dormir, pois sabia que o jogo era logo cedo, então fui bebendo para aumentar a voltagem.
Horas depois, a Goethe já explodira em comemoração ao tão sonhado título. A bebedeira havia começado na madrugada anterior, não cessou em momento algum durante o jogo, e se estendeu pela tarde e noite a fora, em festejo. Não preciso dizer: segunda-feira eu estava “podre”. Não fui ao quartel.
Pra piorar, ou melhorar, como queiram, terça-feira estava prevista a chegada do Inter, pela manhã. Não titubei. Acordei e fui direto ao Beira Rio. Não fui trabalhar, de novo. Por volta de meio-dia, no Gigante, em meio a milhares de colorados que já aguardavam Fernandão e cia. recebi uma ligação do quartel:
Sgt: - Alô, Deboni?
Eu: - Oh Sargento... e daí? que manda?.
Sgt: - Tu foi pro Japão tchê?
Eu: - Não, não, to aqui no Beira-Rio, esperando o Inter.
Sgt: - Ah bom! To ligando pra te avisar que o Coronel quer o teu coro e tu deve te apresentar hoje pro pernoite...
Eu: - Sim senhor Sgt, saudações coloradas!
Tive que dormir no quartel, naquela noite, como punição pela falta a dois dias seguidos de expediente. Quase um desertor. Mas, ao menos pra mim, tudo estava justificado...
Hoje sou bancário e advogado, pai da colorada Laura e de outra pessoa que está no ventre de minha colorada esposa Camila. Está para nascer mais um(a) apaixonado(a) colorado(a).
Forte abraço!"
Espero mais histórias!
Todas serão muito bem vindas e publicadas!
Saudações Coloradas!
Abaixo, na foto, João Victor e Camila.
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Um Dia de Sonhos
O texto deste post foi escrito pelo Julio Vargas, filho do Julinho, nosso cônsul.
Ele relata com detalhes emocionantes, o dia mais importante da vida de todo colorado!
Leia, vale a pena!
"Claro que me lembro muito bem deste dia, e como poderia esquece-lo?
Provavelmente ali, naquele dia e naquele lugar, vivi as emoções mais intensas da minha vida.
Foi um 17 de dezembro de 2006, por volta das 11 horas da manhã do horário espanhol, mais precisamente catalão.
Me refiro a Barcelona, cidade na qual residia naquela oportunidade.
Mas essa história não começa exatamente aí, mas sim muito antes...
Vivíamos uma grande festa em Porto Alegre. O nosso colorado vinha embalado na Libertadores, mesmo após a perda no gauchão.
Notava, a cada ida ao Gigante, que o sentimento de vitória se renovava. E que nos olhos dos meus irmãos colorados, havia um brilho a mais de esperança.
Foi então que tudo mudou.
Perdemos a primeira partida das quartas de finais pra LDU no Equador, e logo em seguida veio a parada para a Copa do Mundo. Sabia então naquele momento que o martírio estava por vir.
Jamais antes disso, uma copa tinha sido tão longa para mim, e ainda por cima com um agravante: a mudança para Espanha.
A idéia do intercâmbio era um sonho antigo, que se realizava naquele momento... e tinha de ser justo naquele momento? Me enxergava aproximando-me de um sonho (a vida no velho continente), e distanciando-me de outro (o tão sonhado título continental dentro do Beira-Rio).
O lugar escolhido, por ironia do destino, mais tarde fui descobrir ... Barcelona.
A Copa do Mundo logo se acabou, e tão rápido pudesse me organizar na nova casa, estava diante do embate contra a LDU.
Por meio de internet, consegui me reunir com mais colorados na mesma situação que eu naquela cidade, e no meio de mais 5 ou 6, assistimos àquela vitória espetacular que garantiu o passe pra semi-final, e tirou aquela angustia do coração.
Conforme os jogos iam passando, mais gente ia se reunindo.
Me lembro que no último jogo da final contra o São Paulo, ja éramos quase 30 pessoas.
Fomos mudando de bar em bar, ao longo da competição, sempre buscando um lugar que nos comportasse. E a festa do campeão da Libertadores foi indescritível. Quem sabe, num outro momento, a descrevo com mais calma.
Voltamos então a esse dia. Aquele que mencionei ali em cima, há poucos minutos atrás.
Para este novo compromisso, a preparação foi mais intensa. Os catalões davam a vitória como certa, não tinham a menor dúvida.
Na época, eu trabalhava num restaurante de uma família mais catalã impossível.
O filho do dono, grande amigo meu, não queria nem conversar sobre o assunto, achava perda de tempo.
Eu, por via das dúvidas, pedi folga no dia da partida, e deixei pendurada lá no restaurante minha bandeira do Inter.
Era 16 de dezembro, a expectativa era imensa, e o nervosismo crescia conforme as horas para o jogo diminuiam. Dormir na noite anterior ja tinha sido dificil, e sabia eu que na próxima seria impossível. O jogo começaria 11h20m da manhã, e decidi desde já encontrar-me com outros colorados e começar a viver aquela decisão. Saímos pelo centro de Barcelona, fardados como não poderia deixar de ser, e seguidamente fomos alvo de provocações e xingamentos. Alguns paravam pra conversar, e "avisar" que não teríamos nem chance, mas estávamos realmente acreditando no triunfo, e algumas discussões acirradas se formaram em alguns momentos.
Terminada a madrugada, o sol começava a nascer, e junto dele as batidas por minuto de cada coração vermelho se aceleravam, estava chegando a hora!
Ainda acordados, passamos na minha residência, que naquela hora já mais parecia um QG colorado no meio de Barcelona. Arrecadamos mais alguns torcedores por ali, e fomos rumo ao bar, onde algumas horas depois assistiríamos a partida.
Ao chegar ao local definido, a surpresa: ainda faltavam 2 horas para a partida e ja éramos mais de 40 colorados. O lugar não era assim tão grande, e ja começávamos a ficar apertados, nada que atrapalhasse a euforia e a confiança. Os próximos momentos foram de concentração total, algumas ligações telefônicas para o Brasil evidenciavam a emoção presente em cada um no recinto.
11 horas e 20 minutos da manhã, a bola rola no Japão.
Naquele momento passávamos de 60 pessoas abarrotadas naquele apertado bar barcelonês.
Confesso que meu coração dispara e os olhos lacrimejam com a simples lembrança.
Estávamos, como todos os colorados espalhados pelo mundo, escrevendo a página mais importante da nossa história.
O jogo, nao preciso nem dizer, foi nervoso ao extremo.
Pra acalmar um pouco os ânimos, desde o inicio profetizei:
-Todos calmos! Ganharemos com tranquilidade, 2 a 0, um do Pato e um do Fernandao!!
E para desespero dos presentes, fui o primeiro cair em choro quando o segundo deles saiu de campo, sentindo lesão, para a entrada de quem depois seria o nosso salvador, Adriano Gabirú.
Os momentos finais da partida não posso descrever com precisão, pois realmente me embaralham as lembranças tamanha emoção.
Lembro de todos ajoelhados e abraçados, lembro de gente chorando e rezando, lembro do gol do Gabirú, e lembro do que senti naquele momento, lembro de estar caído no chão com um monte de colorados jogados sobre mim, e lembro que a partir de então já não conseguia falar.
Pensava em todos os colorados importantes da minha vida, nos grandes amigos, no sentimento de cada um deles, no meu pai que havia ido ao Japão, e na minha cidade natal.
O jogo chegou ao seu final.
Delírio, prazer, amor, emoção... não posso definir o que sentia, o que sentíamos, o que estava acontecendo.
Se a festa era imensa naquele pequeno bar lá na Espanha, pensava em como não estaria Porto Alegre naquele mesmo momento.
Sem pestanejar saímos do bar em comemoração. Mais de 60 colorados, fardados e comemorando. Esquecemos apenas um detalhe: havíamos ganho do Barcelona F.C. E estávamos justamente na sua cidade. Nao demorou pra que alguns catalões amargos com a derrota começassem a reagir a nossa manifestação. Houve inclusive um momento mais áspero, quando fomos alvejados por pedras, que felizmente não acertaram ninguém. Rapidamente a confusão se dissipou com a chegada de polícia local.
Pensei que nesse momento teríamos problemas, por estarmos comemorando de forma tão exacerbada na casa dos derrotados e, ao ser abordado por um policial, eis minha surpresa:
-Gostaria de saber... Qual o trajeto que vocês pretendem fazer? - me pergunta o policial em catalão.
-Vamor descer pela Rambla ( avenida central ), e chegar até a praia. Algum problema? - respondi.
-De maneira nenhuma, vamos simplesmente escoltar vocês pra que cheguem com segurança ao seu lugar de destino, e não aconteçam mais episódios como o que acabaram de passar.
E foi assim que terminamos aquele dia perfeito: Na beira da praia, festejando o novo CAMPEÃO DO MUNDO!!!!"
Você tem uma história assim para contar? Mande para nós!
Será um prazer publicar...
Mande um email para luciana_michel@hotmail.com com sua história... Se tiver fotos, pode mandar também! Este espaço é de todos! Esperamos sua história e seu comentário!
Saudações Coloradas!
Ele relata com detalhes emocionantes, o dia mais importante da vida de todo colorado!
Leia, vale a pena!
"Claro que me lembro muito bem deste dia, e como poderia esquece-lo?
Provavelmente ali, naquele dia e naquele lugar, vivi as emoções mais intensas da minha vida.
Foi um 17 de dezembro de 2006, por volta das 11 horas da manhã do horário espanhol, mais precisamente catalão.
Me refiro a Barcelona, cidade na qual residia naquela oportunidade.
Mas essa história não começa exatamente aí, mas sim muito antes...
Vivíamos uma grande festa em Porto Alegre. O nosso colorado vinha embalado na Libertadores, mesmo após a perda no gauchão.
Notava, a cada ida ao Gigante, que o sentimento de vitória se renovava. E que nos olhos dos meus irmãos colorados, havia um brilho a mais de esperança.
Foi então que tudo mudou.
Perdemos a primeira partida das quartas de finais pra LDU no Equador, e logo em seguida veio a parada para a Copa do Mundo. Sabia então naquele momento que o martírio estava por vir.
Jamais antes disso, uma copa tinha sido tão longa para mim, e ainda por cima com um agravante: a mudança para Espanha.
A idéia do intercâmbio era um sonho antigo, que se realizava naquele momento... e tinha de ser justo naquele momento? Me enxergava aproximando-me de um sonho (a vida no velho continente), e distanciando-me de outro (o tão sonhado título continental dentro do Beira-Rio).
O lugar escolhido, por ironia do destino, mais tarde fui descobrir ... Barcelona.
A Copa do Mundo logo se acabou, e tão rápido pudesse me organizar na nova casa, estava diante do embate contra a LDU.
Por meio de internet, consegui me reunir com mais colorados na mesma situação que eu naquela cidade, e no meio de mais 5 ou 6, assistimos àquela vitória espetacular que garantiu o passe pra semi-final, e tirou aquela angustia do coração.
Conforme os jogos iam passando, mais gente ia se reunindo.
Me lembro que no último jogo da final contra o São Paulo, ja éramos quase 30 pessoas.
Fomos mudando de bar em bar, ao longo da competição, sempre buscando um lugar que nos comportasse. E a festa do campeão da Libertadores foi indescritível. Quem sabe, num outro momento, a descrevo com mais calma.
Voltamos então a esse dia. Aquele que mencionei ali em cima, há poucos minutos atrás.
Para este novo compromisso, a preparação foi mais intensa. Os catalões davam a vitória como certa, não tinham a menor dúvida.
Na época, eu trabalhava num restaurante de uma família mais catalã impossível.
O filho do dono, grande amigo meu, não queria nem conversar sobre o assunto, achava perda de tempo.
Eu, por via das dúvidas, pedi folga no dia da partida, e deixei pendurada lá no restaurante minha bandeira do Inter.
Era 16 de dezembro, a expectativa era imensa, e o nervosismo crescia conforme as horas para o jogo diminuiam. Dormir na noite anterior ja tinha sido dificil, e sabia eu que na próxima seria impossível. O jogo começaria 11h20m da manhã, e decidi desde já encontrar-me com outros colorados e começar a viver aquela decisão. Saímos pelo centro de Barcelona, fardados como não poderia deixar de ser, e seguidamente fomos alvo de provocações e xingamentos. Alguns paravam pra conversar, e "avisar" que não teríamos nem chance, mas estávamos realmente acreditando no triunfo, e algumas discussões acirradas se formaram em alguns momentos.
Terminada a madrugada, o sol começava a nascer, e junto dele as batidas por minuto de cada coração vermelho se aceleravam, estava chegando a hora!
Ainda acordados, passamos na minha residência, que naquela hora já mais parecia um QG colorado no meio de Barcelona. Arrecadamos mais alguns torcedores por ali, e fomos rumo ao bar, onde algumas horas depois assistiríamos a partida.
Ao chegar ao local definido, a surpresa: ainda faltavam 2 horas para a partida e ja éramos mais de 40 colorados. O lugar não era assim tão grande, e ja começávamos a ficar apertados, nada que atrapalhasse a euforia e a confiança. Os próximos momentos foram de concentração total, algumas ligações telefônicas para o Brasil evidenciavam a emoção presente em cada um no recinto.
11 horas e 20 minutos da manhã, a bola rola no Japão.
Naquele momento passávamos de 60 pessoas abarrotadas naquele apertado bar barcelonês.
Confesso que meu coração dispara e os olhos lacrimejam com a simples lembrança.
Estávamos, como todos os colorados espalhados pelo mundo, escrevendo a página mais importante da nossa história.
O jogo, nao preciso nem dizer, foi nervoso ao extremo.
Pra acalmar um pouco os ânimos, desde o inicio profetizei:
-Todos calmos! Ganharemos com tranquilidade, 2 a 0, um do Pato e um do Fernandao!!
E para desespero dos presentes, fui o primeiro cair em choro quando o segundo deles saiu de campo, sentindo lesão, para a entrada de quem depois seria o nosso salvador, Adriano Gabirú.
Os momentos finais da partida não posso descrever com precisão, pois realmente me embaralham as lembranças tamanha emoção.
Lembro de todos ajoelhados e abraçados, lembro de gente chorando e rezando, lembro do gol do Gabirú, e lembro do que senti naquele momento, lembro de estar caído no chão com um monte de colorados jogados sobre mim, e lembro que a partir de então já não conseguia falar.
Pensava em todos os colorados importantes da minha vida, nos grandes amigos, no sentimento de cada um deles, no meu pai que havia ido ao Japão, e na minha cidade natal.
O jogo chegou ao seu final.
Delírio, prazer, amor, emoção... não posso definir o que sentia, o que sentíamos, o que estava acontecendo.
Se a festa era imensa naquele pequeno bar lá na Espanha, pensava em como não estaria Porto Alegre naquele mesmo momento.
Sem pestanejar saímos do bar em comemoração. Mais de 60 colorados, fardados e comemorando. Esquecemos apenas um detalhe: havíamos ganho do Barcelona F.C. E estávamos justamente na sua cidade. Nao demorou pra que alguns catalões amargos com a derrota começassem a reagir a nossa manifestação. Houve inclusive um momento mais áspero, quando fomos alvejados por pedras, que felizmente não acertaram ninguém. Rapidamente a confusão se dissipou com a chegada de polícia local.
Pensei que nesse momento teríamos problemas, por estarmos comemorando de forma tão exacerbada na casa dos derrotados e, ao ser abordado por um policial, eis minha surpresa:
-Gostaria de saber... Qual o trajeto que vocês pretendem fazer? - me pergunta o policial em catalão.
-Vamor descer pela Rambla ( avenida central ), e chegar até a praia. Algum problema? - respondi.
-De maneira nenhuma, vamos simplesmente escoltar vocês pra que cheguem com segurança ao seu lugar de destino, e não aconteçam mais episódios como o que acabaram de passar.
E foi assim que terminamos aquele dia perfeito: Na beira da praia, festejando o novo CAMPEÃO DO MUNDO!!!!"
Você tem uma história assim para contar? Mande para nós!
Será um prazer publicar...
Mande um email para luciana_michel@hotmail.com com sua história... Se tiver fotos, pode mandar também! Este espaço é de todos! Esperamos sua história e seu comentário!
Saudações Coloradas!
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Minha História Colorada - Lauro Baldi
Seguindo nas "Histórias Coloradas", hoje temos a história de Lauro Baldi, nosso cônsul do bairro Santo Antônio.
Leiam... vale a pena!
"Eu tinha uns oito ou nove anos de idade e morava em Progresso, um pequeno distrito de Lajeado, quando os guris mais ligados ao futebol, me intimaram a optar.
Um me disse: o meu e o teu pai são do Grêmio, tu tens que ser também.
Apenas pensei.
Logo, peguei um jornal que tinha divulgado a escalação do Internacional da época. E vi que na lista havia um nome igual ao meu: Lauro.
A partir disto me tornei colorado. Para um guri, aquela relação era mais do necessário para escolher um time. Mais tarde veria que o Inter era muito mais.
Aos 14 anos, fui para Lajeado fazer o ginasial. Lá trabalhando num restaurante, associei-me ao Inter como sócio correspondente.
Terminado o ginásio, optei por vir a Porto Alegre servir o exército e estudar.
Era dezembro de 1957.
Meu pai, pequeno comerciante hoteleiro de Progresso, concordou e acertou o meu transporte com o Galinheiro, como era conhecido o homem que comprava galinhas vivas no interior e trazia para Porto Alegre para abastecer os armazéns de secos e molhados (como eram conhecidos na época os minimercados de hoje).
Nem foi pelo custo da passagem, mas para vir para Porto Alegre de carona com "o" Galinheiro, que sabia como me encaminhar para uma pensão na Rua Coronel Genuino de propriedade de um Progressense. Pensão familiar, onde hoje está o Senac.
Viagem tranqüila.
Chegamos cedinho na Capital.
Direto para uma casa comercial na Av. Voluntários da Pátria, a Prolo S/A, pois o dono, José Prollo, Diretor do Inter, era muito amigo do dono da pensão onde iria me hospedar.
Dali, então, um funcionário me acompanhou, subimos a Rua Mal.Floriano, e também descemos, até a tal pensão na Rua Cel.Genuino, carregando minha mala de roupas e pertences, que por sinal não era muita coisa.
Instalei-me nesta pensão familiar.
Mal havia colocado a mala em um novo quarto, e logo de cara perguntei como poderia chegar ao estádio dos "Eucaliptos".
Me falaram que o melhor modo de chegar na casa colorada era através do bonde.
Havia também microônibus (na época era micro mesmo, que o próprio motora cobrava a passagem).
Mas: "tu não é louco sair por aí, vais te perder”, me disseram!
Era cedo para o almoço, umas 9h.
Fui para a rua e resolvi seguir os trilhos daquele transporte da época. Na esquina da Rua José do Patrocínio, aguardei. Da Pracinha Daltro Filho vinham os bondes. Quando apareceu um "Menino Deus" eu o segui.
Sabia pelos jornais que o Estádio ficava na Rua Silvério, no Menino Deus.
Fui sempre seguindo os trilhos do bonde. Na Rua da República, um cruzamento.
Aguardei outro bonde para ver que lado seguia.
Chegou e seguiu reto.
Para mim tudo era desconhecido, cidade enorme, quase perdido, mas não queria desistir, para conseguir meu desejo.
Na Rua Venâncio Aires, novo cruzamento, nova parada, nova espera, novo bonde.
Seguiu para a direita.
Lá fui eu caminhado, seguindo o trilho do bonde até a Av. José de Alencar.
Lá, o bonde dobrou para a direita e eu seguindo-o, até enxergar a Rua Silveiro.
Que felicidade quando vi a placa que indicava o logradouro tão procurado!
Rua Silveiro.
Caminhei uns passos, nem meia quadra e avistei o MAJESTOSO estádio colorado.
Havia valido a pena toda a trajetória pelas ruas de Porto Alegre.
Estava aberto, entrei, vi e voltei feliz, agora de bonde, que na Rua Venâncio AIres seguiu reto para o HPS...
Mas pulei... e peguei outro na Rua José do Patrocínio. Estava salvo e em casa, praticamente.
Era o maior Estádio que já tinha visto.
E mais que isso: o Estádio do MEU Clube Amado.
Que foi sede de jogo da Copa de 1950.
Era o local onde jogava o time que eu decorei e obrigava minhas duas irmãs mais novas a decorar sob pena, dizem elas hoje, de não autorizá-las a sair do quarto se não soubessem.
Era: Lapaz, Florindo e Oréco. Mossoró, Odorico e Lindoberto. Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinesinho. Técnico: Francisco Duarte Júnior, o Teté.
Eu só conhecia o Estádio do Esportivo de Lajeado, hoje Lajeadense, que já foi demolido.
Em 1962, já oficialmente morador de Porto Alegre, adquiri o titulo patrimonial para ajudar nas obras do Beira-Rio.
Após, adquiri também o título de Paraninfo.
Neste novo palco veria muitas conquistas.
Mas nunca esqueci do primeiro celeiro de vitória. Foi no "Eucaliptos" que a glória começou.
Embora meu pai tenha sido gremista, mas bem light, nunca me influenciou, todavia eu acho que influenciei todas minhas cinco irmãs (sou o único filho homem), pois todas são coloradas. A mais nova vai a quase todos os jogos.
A minha incompetência ocorreu com meus filhos: o segundo e o quarto, após minha separação, trocaram e passaram para o lado de lá.
As mais novas, as meninas, gêmeas, ao natural, ficaram com o GFPA, na época recém campeão intercontinental.
Só sobraram colorados o mais velho e o terceiro, o Júnior, este é fanático, que agora está morando em Santa Catarina e certo dia, com uns 8 ou 9 anos, me disse: pai, todos viraram... mas eu não mudo nunca de time.
E ele está certo, a gente troca de mulher, mas nunca de time...
Hoje tenho escritório de contabilidade, graças ao curso de Técnico em Contabilidade obtido no C.C.Protásio Alves, em 1962, cursei Direito na PUC em 1986 e curso de Corretor de Imóveis na E.T.Ufrgs em 2001.
Hoje sou cônsul do Inter do Bairro Santo Antônio em Porto Alegre."
Abaixo, foto do sr Lauro Baldi, com o "Escurinho", mascote do "Inter Social"...
Espero os relatos de vocês!
Saudações Coloradas a todos!
Leiam... vale a pena!
"Eu tinha uns oito ou nove anos de idade e morava em Progresso, um pequeno distrito de Lajeado, quando os guris mais ligados ao futebol, me intimaram a optar.
Um me disse: o meu e o teu pai são do Grêmio, tu tens que ser também.
Apenas pensei.
Logo, peguei um jornal que tinha divulgado a escalação do Internacional da época. E vi que na lista havia um nome igual ao meu: Lauro.
A partir disto me tornei colorado. Para um guri, aquela relação era mais do necessário para escolher um time. Mais tarde veria que o Inter era muito mais.
Aos 14 anos, fui para Lajeado fazer o ginasial. Lá trabalhando num restaurante, associei-me ao Inter como sócio correspondente.
Terminado o ginásio, optei por vir a Porto Alegre servir o exército e estudar.
Era dezembro de 1957.
Meu pai, pequeno comerciante hoteleiro de Progresso, concordou e acertou o meu transporte com o Galinheiro, como era conhecido o homem que comprava galinhas vivas no interior e trazia para Porto Alegre para abastecer os armazéns de secos e molhados (como eram conhecidos na época os minimercados de hoje).
Nem foi pelo custo da passagem, mas para vir para Porto Alegre de carona com "o" Galinheiro, que sabia como me encaminhar para uma pensão na Rua Coronel Genuino de propriedade de um Progressense. Pensão familiar, onde hoje está o Senac.
Viagem tranqüila.
Chegamos cedinho na Capital.
Direto para uma casa comercial na Av. Voluntários da Pátria, a Prolo S/A, pois o dono, José Prollo, Diretor do Inter, era muito amigo do dono da pensão onde iria me hospedar.
Dali, então, um funcionário me acompanhou, subimos a Rua Mal.Floriano, e também descemos, até a tal pensão na Rua Cel.Genuino, carregando minha mala de roupas e pertences, que por sinal não era muita coisa.
Instalei-me nesta pensão familiar.
Mal havia colocado a mala em um novo quarto, e logo de cara perguntei como poderia chegar ao estádio dos "Eucaliptos".
Me falaram que o melhor modo de chegar na casa colorada era através do bonde.
Havia também microônibus (na época era micro mesmo, que o próprio motora cobrava a passagem).
Mas: "tu não é louco sair por aí, vais te perder”, me disseram!
Era cedo para o almoço, umas 9h.
Fui para a rua e resolvi seguir os trilhos daquele transporte da época. Na esquina da Rua José do Patrocínio, aguardei. Da Pracinha Daltro Filho vinham os bondes. Quando apareceu um "Menino Deus" eu o segui.
Sabia pelos jornais que o Estádio ficava na Rua Silvério, no Menino Deus.
Fui sempre seguindo os trilhos do bonde. Na Rua da República, um cruzamento.
Aguardei outro bonde para ver que lado seguia.
Chegou e seguiu reto.
Para mim tudo era desconhecido, cidade enorme, quase perdido, mas não queria desistir, para conseguir meu desejo.
Na Rua Venâncio Aires, novo cruzamento, nova parada, nova espera, novo bonde.
Seguiu para a direita.
Lá fui eu caminhado, seguindo o trilho do bonde até a Av. José de Alencar.
Lá, o bonde dobrou para a direita e eu seguindo-o, até enxergar a Rua Silveiro.
Que felicidade quando vi a placa que indicava o logradouro tão procurado!
Rua Silveiro.
Caminhei uns passos, nem meia quadra e avistei o MAJESTOSO estádio colorado.
Havia valido a pena toda a trajetória pelas ruas de Porto Alegre.
Estava aberto, entrei, vi e voltei feliz, agora de bonde, que na Rua Venâncio AIres seguiu reto para o HPS...
Mas pulei... e peguei outro na Rua José do Patrocínio. Estava salvo e em casa, praticamente.
Era o maior Estádio que já tinha visto.
E mais que isso: o Estádio do MEU Clube Amado.
Que foi sede de jogo da Copa de 1950.
Era o local onde jogava o time que eu decorei e obrigava minhas duas irmãs mais novas a decorar sob pena, dizem elas hoje, de não autorizá-las a sair do quarto se não soubessem.
Era: Lapaz, Florindo e Oréco. Mossoró, Odorico e Lindoberto. Luizinho, Bodinho, Larry, Jerônimo e Chinesinho. Técnico: Francisco Duarte Júnior, o Teté.
Eu só conhecia o Estádio do Esportivo de Lajeado, hoje Lajeadense, que já foi demolido.
Em 1962, já oficialmente morador de Porto Alegre, adquiri o titulo patrimonial para ajudar nas obras do Beira-Rio.
Após, adquiri também o título de Paraninfo.
Neste novo palco veria muitas conquistas.
Mas nunca esqueci do primeiro celeiro de vitória. Foi no "Eucaliptos" que a glória começou.
Embora meu pai tenha sido gremista, mas bem light, nunca me influenciou, todavia eu acho que influenciei todas minhas cinco irmãs (sou o único filho homem), pois todas são coloradas. A mais nova vai a quase todos os jogos.
A minha incompetência ocorreu com meus filhos: o segundo e o quarto, após minha separação, trocaram e passaram para o lado de lá.
As mais novas, as meninas, gêmeas, ao natural, ficaram com o GFPA, na época recém campeão intercontinental.
Só sobraram colorados o mais velho e o terceiro, o Júnior, este é fanático, que agora está morando em Santa Catarina e certo dia, com uns 8 ou 9 anos, me disse: pai, todos viraram... mas eu não mudo nunca de time.
E ele está certo, a gente troca de mulher, mas nunca de time...
Hoje tenho escritório de contabilidade, graças ao curso de Técnico em Contabilidade obtido no C.C.Protásio Alves, em 1962, cursei Direito na PUC em 1986 e curso de Corretor de Imóveis na E.T.Ufrgs em 2001.
Hoje sou cônsul do Inter do Bairro Santo Antônio em Porto Alegre."
Abaixo, foto do sr Lauro Baldi, com o "Escurinho", mascote do "Inter Social"...
Espero os relatos de vocês!
Saudações Coloradas a todos!
quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011
Minha História Colorada - Cláudia Loch
A partir de hoje, toda quinta feira teremos o relato de um colorado de sua "História Colorada".
Iniciaremos com nossos cônsules, mas se alguém quiser contar a sua história, me envie por email (luciana_michel@hotmail.com) que ela será publicada neste espaço!
Segue a história da Cláudia Loch, nossa consulesa:
"Tudo começou quando eu estava próxima de nascer, e meu pai adquiriu um título do Sport Club Internacional.
Na época ele sabia que seria uma grande colorada, pois tinha a convicção de que seria uma menina.
Embalada ao som de Papai é o Maior, meus encantos eram todos para as cores vermelho e branco.
Aos três anos de idade, fui contemplada com a felicidade de assistir a inauguração do maior dos templos sagrado: O Gigante da Beira Rio.
Assisti, ao lado do meu maior exemplo de coloradísmo, o Inter derrotar o Benfica.
Com o passar dos anos minha identificação com o futebol aumentava.
Aprendi aos sete anos de idade jogar botão (puxador), cujas goleiras eram feitas de arame e minha avó materna confeccionou a rede com o tradicional tecido de filó.
Aos 9 anos de idade, dividi com o meu irmão a bola de futebol, onde apredi a jogar e a cultuar este esporte.
Aos 10 anos, comprava revista Placar e colecionava album de figurinhas, onde já estampava o rosto do meu maior ídolo: Paulo Roberto Falcão.
Com o passar dos anos a paixão aumentava.
Enfrentava, em casa, a dificuldade para uma menina na década de 70 assistir ao vivo partidas de futebol.
Para atingir meus objetivos buscava nos estudos a excelência, para poder negociar minhas idas ao estádio.
No final da década de 70, eu estudava em um dos mais tradicionais colégios Maristas de Porto Alegre, onde quebrei um paradigma ao convercer o diretor do colégio (Irmão Marista) a formar um time de futebol de meninas. Na época foi um grande feito e conquista feminina no âmbito do futebol.
Com o passar dos anos, meu amor e paixão aumentava ainda mais, no meio de coleções de camisas, bandeiras, livros, álbuns, acessórios e tudo que identificasse a Marca Internacional.
Hoje sou uma colorada convicta e apaixonada pelo meu time e com uma grande gratidão ao meu pai e a minha vó por terem me ensinado lições de amor e paixão ao Sport Club Internacional."
Na foto abaixo, a Cláudia Loch, no dia em que ela narrou esta história, em um evento consular, com a presença do seu maior ídolo: Paulo Roberto Falcão!
Sexta feira que vem, a história será a do cônsul colorado Lauro Baldi. Não percam! Vale a pena...
Espero as "histórias coloradas" de cada um!
Saudações Coloradas a todos!
Iniciaremos com nossos cônsules, mas se alguém quiser contar a sua história, me envie por email (luciana_michel@hotmail.com) que ela será publicada neste espaço!
Segue a história da Cláudia Loch, nossa consulesa:
"Tudo começou quando eu estava próxima de nascer, e meu pai adquiriu um título do Sport Club Internacional.
Na época ele sabia que seria uma grande colorada, pois tinha a convicção de que seria uma menina.
Embalada ao som de Papai é o Maior, meus encantos eram todos para as cores vermelho e branco.
Aos três anos de idade, fui contemplada com a felicidade de assistir a inauguração do maior dos templos sagrado: O Gigante da Beira Rio.
Assisti, ao lado do meu maior exemplo de coloradísmo, o Inter derrotar o Benfica.
Com o passar dos anos minha identificação com o futebol aumentava.
Aprendi aos sete anos de idade jogar botão (puxador), cujas goleiras eram feitas de arame e minha avó materna confeccionou a rede com o tradicional tecido de filó.
Aos 9 anos de idade, dividi com o meu irmão a bola de futebol, onde apredi a jogar e a cultuar este esporte.
Aos 10 anos, comprava revista Placar e colecionava album de figurinhas, onde já estampava o rosto do meu maior ídolo: Paulo Roberto Falcão.
Com o passar dos anos a paixão aumentava.
Enfrentava, em casa, a dificuldade para uma menina na década de 70 assistir ao vivo partidas de futebol.
Para atingir meus objetivos buscava nos estudos a excelência, para poder negociar minhas idas ao estádio.
No final da década de 70, eu estudava em um dos mais tradicionais colégios Maristas de Porto Alegre, onde quebrei um paradigma ao convercer o diretor do colégio (Irmão Marista) a formar um time de futebol de meninas. Na época foi um grande feito e conquista feminina no âmbito do futebol.
Com o passar dos anos, meu amor e paixão aumentava ainda mais, no meio de coleções de camisas, bandeiras, livros, álbuns, acessórios e tudo que identificasse a Marca Internacional.
Hoje sou uma colorada convicta e apaixonada pelo meu time e com uma grande gratidão ao meu pai e a minha vó por terem me ensinado lições de amor e paixão ao Sport Club Internacional."
Na foto abaixo, a Cláudia Loch, no dia em que ela narrou esta história, em um evento consular, com a presença do seu maior ídolo: Paulo Roberto Falcão!
Sexta feira que vem, a história será a do cônsul colorado Lauro Baldi. Não percam! Vale a pena...
Espero as "histórias coloradas" de cada um!
Saudações Coloradas a todos!
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